CRÍTICA: AVATAR 2 - O CAMINHO DA ÁGUA

Hoje fui ver Avatar 2: O caminho da água, e claro que a expectativa como fã do James Cameron era enorme, assim como fã do primeiro filme Avatar, lançado em 2009, logo após o sucesso estrondoso do primeiro filme de uma sequência de 5, o segundo filme foi confirmado por Cameron, o que deixou todos contentes, afinal, o filme é dono de um universo com inúmeras possibilidades e personagens a se explorar, o problema, James Cameron, não um problema ruim, mas o problema com seu perfeccionismo, o primeiro filme começou a ser escrito e pensado pelo gênio em 1994, e foi lançado em 2009, ou seja, sabíamos que a sequência ia ter um bom tempo até a estreia. Dito isso, e passados 13 anos desde seu primeiro filme, finalmente chegou a estreia da aguardada sequência. 

O filme é escrito por Cameron e Josh Friedman, dirigido por Cameron e o gênio atuou até como produtor no projeto, fica claro o comprometimento dele com a série e que se torna até pessoal. Além de vir com o melhor do melhor que James Cameron pode oferecer. 

Cameron e Friedman deixam o roteiro tão bem amarrado de um começo ao fim, que até quem não assistiu o primeiro longa, consegue acompanhar a sequência. Mike Sully, agora um Navy raiz assim por dizer e com família, finalmente tem paz em sua terra, Pandora, e consegue aproveitar o que há de melhor nela, mas claro que a disputa de território entre os nativos de Pandora e os terráqueos ou povo do céu, não fica de segundo plano no filme, sendo mais uma vez ponto chave no desenrolar de toda a trama, que mais do que um filme de aventura e sobre batalhas de território, é um filme sobre amor em família, a frase "Os Sully ficam juntos" é com certeza uma das coisas mais tocantes do filme, e deixa claro que Mike Sully e sua família pertencem a Pandora e irão protegê-la juntos. 

No filme percebemos que uma família alienígena e "azul" é de fato como qualquer família que a gente veria em um seriado como "Modern family" ou "This is us", com dilemas entre os pais, a filha adolescente com problemas, os irmãos rebeldes, e aquela caçula fofa que sempre deixa todos de joelhos. O que deixa o filme pegar todos pela emoção fácil! A aventura da família que troca de território e tem que aprender a sobreviver em um novo lugar e criar novas raízes é igual a outras histórias que já foram contadas, o que passa familiaridade para o público que assiste.

O roteiro é tão bem composto que até os antagonistas encaixam perfeitamente na história, com pontos que se interligam de um filme para o outro e não ficam sem sentido. Tudo isso, claro, acaba deixando um leque enorme para as sequências que já foram confirmadas por Cameron para os próximos anos.

O grande destaque do filme vai para a troca de território, onde literalmente é mostrado o caminho da água, as cenas e efeitos especiais estão de matar, claro que não poderia se esperar menos de quem fez "Titanic". E durante as gravações Cameron chegou a ir até os lugares mais profundos do oceano para conseguir as melhores tomadas, o que fica implícito na entrega de efeitos no filme, que vem acompanhado de uma trilha sonora emocionante, e muito bem pontuada. 

Nas atuações temos a volta de Sam Worthington e Zoe Saldana, que não deixam a essência dos personagens nem por um instante, trazendo aquele gosto de quando você literalmente mata a saudade de um personagem que ama. O destaque vai para Kate Winslet como Ronal, a "fodona" do povo das águas, e que entrega uma personagem forte e energizante na tela, assim como o elenco jovem adicionado, filhos do casal protagonista e do clã "Metkayina", toda a adição do novo elenco deixa abertas diversas portas que com certeza serão trabalhadas nas sequências, os "poderes" da filha do meio do casal Sully, deixam mistério no ar, assim como o amor jovem de um dos filhos de Mike, com a filha de Ronal.

O filme não deixou de entregar em nada, e a espera por 13 anos são compensadas em 3:10 de filme, então prepare o bumbum 🤪.

Mais 3 sequências já foram confirmadas por Cameron e serão lançadas em 2024, 2026 e 2028 respectivamente. Com 5 filmes e em rumo de se tornar uma das maiores sagas do cinema, o universo Avatar, deixa claro em seu segundo filme que será um projeto épico, nível que só se viu em Harry Potter, Star Wars e O universo Marvel. 

Nota 5/5: ⭐⭐⭐⭐⭐