CRÍTICA: TRANSFORMERS E OS DESPERTAR DAS FERAS
Em 2007 se dava início a uma das maiores franquias dos últimos tempos, inspirada nos brinquedos Transformers, os famosos carros que viram robôs.
O sucesso estrondoso em todo mundo rendeu seis filmes de sucesso, e agora chega ao sétimo capítulo com "Transformers e o Despertar das Feras", um perfeito reinício para a franquia, e eu te conto por que nessa crítica, sem muitos spoilers.
O filme se passa no ano de 1994, e precede os acontecimentos de "Bumblebee"(2018), o filme segue Noah Díaz no bairro do Brooklyn em NY, quando ao roubar um carro, ele descobre que na verdade é um robô alienígena, ele acaba se envolvendo uma trama com a assistente de arqueología Elena, ao encontrar um antigo artefato alienígena. Agora eles têm que correr junto dos autobots e os maximals, para salvar o planeta de um Decepticon devorador de mundos.
O filme traz uma ótima nova dupla de protagonistas que já não víamos desde Sam e Mikaela nos dois primeiros filmes da franquia, o ator Anthony Ramos e a atriz Dominique Fishback entregaram uma ótima química em cena. Inicialmente pensei que seria mais um filme que poderia cansar ainda mais a franquia, "Bumblebee" foi muito bom, porém não recuperou o hype da saga, que ficou cansado com as fracas sequências com Mark Wahlberg nos filmes 4 e 5. Acabei ficando impressionado e gostando mais do filme do que esperava.
Os pontos positivos, ficam por conta da ótima química entre os novos protagonistas, que pasmem não fincam um relacionamento amoroso, isso na verdade fica muito no ar, podendo ou não ser explorado no próximo filme. A divisão do protagonismo entre os dois personagens é ótima, e fica bem equilibrada, ambos os dois são importantes para a trama. O elenco dos robôs, ou os que deram vozes aos mesmos também impressiona, nomes como Peter Dinklage, Ron Perlman, Michelle Yeoh, Colman Domingo e MJ Rodriguez.
O protagonista da vez é o robô Mirage, divertido e engraçado, um ponto legal a saga explorar diferentes autobots, Optimus como sempre o pai de toda a saga, porém fica bem secundário. Os robôs aliás estão bem mais semelhantes ao desenho animado, o que dá um hype de nostalgia.
A fotografia do filme está ótima, e a direção de Steven Caple, é digna de Michael Bay, diretor dos primeiros filmes da saga, e famoso por entregar ótimas cenas de explosão em seus filmes.
O roteiro fica bem amarrado, e bem interligado ao antecessor, Bumblebee, e ainda tem uma ligação futura mais que inesperada. O plot no final com a ligação da franquia com a série de filmes "G.I.Joe" faz um boom na cabeça, e literalmente te deixa querendo mais.
O ponto negativo que destaco é a falta de aprofundamento do roteiro, apesar de quase 2 horas, o filme parece que fica muito corrido, existem dois vilões e mesmo assim eles praticamente não tem nenhum gancho forte ou marcante durante todo o filme. Com vilões icônicos como Megatron em filmes anteriores, senti falta de algo do tipo.
Não é um filme que vale cinco estrelas, mas de fato o filme é o melhor desde "A Vingança dos Derrotados" (2009), e desde então não tinha uma protagonista feminina tão boa. Outro ponto que fica evidente é que representatividade é a nova pegada dos cinemas real, recentemente tivemos um homem aranha e uma Ariel pretos, ter um protagonista latino e uma protagonista preta, deixam tudo muito atual, mesmo o filme se passando nos anos 90, e tira o estigma da saga, que até então só havia trazido protagonistas brancos. Gostaria muito se ambos voltassem para uma possível futura sequência? Com certeza. O filme se encarrega de trazer de volta a vibe de 2007, quando a franquia começou com muito sucesso.
A ligação final com os "Joe 's" deixa oficialmente confirmado o crossover entre as sagas, que já foi confirmado pela Paramount, e deve chegar nos cinemas até 2025.
Não deixem de assistir "Transformers e o Despertar das Feras" já disponível em todos os cinemas brasileiros.
Nota : (⅗) ⭐⭐⭐
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