CRÍTICA: A MORTE DO DEMÔNIO: A ASCENSÃO

O filme do momento é o novo "Evil Dead" e não se fala em outra coisa, papo de terror trash pesado e até gente desmaiando e passando mal nas sessões mundo a fora, dito isso o MDP foi conferir "A Morte Morte do Demônio: A Ascensão" e eu conto pra você tudo nessa crítica, é só ler até o final, com o mínimo de Spoilers possível, prometo. 



A história segue Beth uma assistente de banda que viaja o mundo em turnês e festas, que se vê em uma encruzilhada da vida quando descobre estar grávida, e então para colocar as coisas no lugar ela volta para casa da irmã em Los Angeles.

A irmã Ellie mora em um velho apartamento com os três filhos, que está prestes a ser desocupado.

Quando um terremoto abre uma cratera no estacionamento do prédio, seus filhos encontraram um misterioso livro e alguns artefatos antigos junto com ele, incluindo discos antigos. 

Ao tocar um dos discos seu filho acidentalmente liberta uma entidade maligna e faminta, que possui a matriarca Ellie. Agora Beth tem que lutar para tentar salvar a própria irmã, antes que ela mate os próprios filhos, ou qualquer um que esteja no prédio. 



A produção é uma sequência direta do "A Morte do Demônio"(2013), e não um reboot, isso já fica evidente no momento que é revelado no filme que o novo livro amaldiçoado é um dos três livros dos mortos que existem, quem nota detalhes também consegue ver a diferença física dos livros entre os filmes, e ainda planta aquela ideia de que possa vir um terceiro filme aí para amarrar toda a história, será ?!...


O que fica legal é que a história é levada a um outro cenário, totalmente cotidiano, a grande "cidade dos anjos", onde tudo pode acontecer, inclusive uma possessão demoníaca. 



O filme traz referências ao primeiro filme que ficam bem claras, como a cena inicial se tratando de um "fim do começo" em uma casa no lago como no primeiro e segundo filme, cenas como a primeira possessão no elevador tem até uma REF visual, a cena da possessão no filme de 2013, com a personagem Ellie pendurada. Além da chuva de sangue no final, que faz uma perfeita alusão aos filmes da franquia que iniciaram ainda em 1981. 

Cenas clichês como a cena onde a possuída vomita horrores ou tem um super grito demoníaco, encaixam perfeitamente e deixam o filme muito mais com uma pegada "O Exorcista"(1973), aliás um dos fatores que chamam atenção é que o filme é o primeiro da franquia que traz também essa estética religiosa, desde da descoberta do artefato maligno. Nos filmes anteriores isso foi pouco explorado, este capítulo inclusive traz pouco da estética slasher que se vê nos filmes de 1981 e 2013.



Os destaques em atuação ficam por conta da mamãe Ellie, interpretada pela ótima Alyssa Sutherland, que entrega cenas assustadoras e até cômicas. Além da mini final girl Kassie, a filha mais nova da família, que foi interpretada pela jovem Nell Fisher…a gente sempre torce pela final girl né, agora imagina se ela é uma criança ? Você torce mesmo. A personagem inclusive rouba até a cena da nossa outra final girl Beth, que ganhou vida através da atriz Lily Sullivan. 

Pontos para a fotografia do filme quanto as maquiagens de possessão, que ficaram realistas e sem parecer caricatas.



"A Morte do Demônio: A Ascensão" deve estar entre os melhores filmes de terror de 2023? 

De fato é um bom filme, tirando alguns pontos por conta do buzz gerado nas sessões testes, acredito que qualquer fã de terror raiz não vai sentir todo o pavor que estava sendo comentado nas redes, o filme é pesado, mas tem terror bem mais pesado. Comparado há filmes de exorcismo o filme é tão bom quanto os precursores como "O Exorcista"(1973) ou "Invocação do Mal"(2013), o que já é uma grande entrega. 

Seu antecessor por exemplo consegue entregar cenas que embrulham o estômago com mais facilidade, como o desmembramento de alguém, ou a cena de Mia cortando a própria língua com um estilete. O atual teve um apego emocional que não é visto nos filmes anteriores, talvez essa tenha sido a falha. 


NOTA: ⅗ ⭐⭐⭐


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