CRÍTICA: THE FLASH

A recente e fraca saga dos filmes de super heróis continua, e “The Flash” um dos filmes mais esperados do ano dentro do gênero, finalmente chega aos cinemas após atrasos em sua produção, e algumas polêmicas envolvendo seu protagonista, o garoto problema Ezra Miller

O ADM do Multiverso foi conferir o filme e te conta o que esperar nessa crítica, sem muitos spoilers.



O filme acompanha o velocista Barry Allen, após os acontecimentos de “Liga da Justiça”(2017), vivendo sua vida em Star City, trabalhando em um laboratório de perícia criminal e focado no julgamento do seu pai, que está preso por ser acusado injustamente pelo assassinato da esposa, a mãe de Barry. O herói descobre que consegue viajar no tempo, ao correr mais rápido que a velocidade da luz, quando tem a ideia de voltar em sua infância para impedir a morte da mãe, a futura prisão de seu pai e assim a destruição de sua família. O que ele não sabe é que ao mexer com o passado, as consequências no futuro podem ser inimagináveis.



Apesar da sinopse atrativa, o marketing milionário em cima do filme, pôsteres de tirar o fôlego, e pelo menos uns 30 trailers e comerciais de TV 's somados, a produção definitivamente não entrega nada do que foi prometido ou até comentado nas seções testes. 



O filme entrega efeitos especiais dignos de Sam Raimi e o fracassado “Homem Aranha 3”(2007), às cenas em câmera lenta do velocista são assistíveis, mas deixam a desejar, o efeito foi muito melhor trabalhado com o Mercúrio/Pietro em “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido”(2014) na cena da cozinha por exemplo.



Quase não se vê cenas inéditas emocionantes, a maioria delas já tinham sido exibidas nos trailer e comerciais, o roteiro fica com um buraco enorme, geralmente um herói em seu primeiro filme solo tem sua história contada, a primeira aventura, a descoberta dos poderes, o primeiro super vilão, etc… isso literalmente não acontece no filme, que mais parece uma terceira parte de um trilogia que não vimos o começo nem o meio, ou até uma reciclagem do “Homem de Aço”(2013), e que fica como base para a atual produção e até usam o mesmo vilão ‘Zod’, além de você demorar a entender se o personagem voltou no passado, foi para outro universo, o que afinal está acontecendo ?


A comédia excessiva, deixa o personagem principal Barry(do passado) cansativo e até chato em alguns momentos, soando extremamente infantil, ficando bem semelhante ao mediano “Shazam 2”.



A produção investe em nostalgia e aí ganha pontos, principalmente com a geração millennial, que pode ver participações especiais marcantes como o Batman de Michael Keaton que entrega muito mesmo, e a Mulher Maravilha de Gadot  que é a própria participação especial da DC, já o Batman de Ben Affleck não convence, e já não é de hoje, tem até uma pontinha da primeira versão do Superman de Christopher Reeve, e até o Superman de Nicolas Cage, que até então era só uma lenda urbana de Hollywood

A melhor entrega no filme fica por conta da Supergirl de Sasha Calle, que tem cenas eletrizantes em sua participação, e olha que teve até a bundinha do Ezra Miller de brinde em uma cena cômica.


Em resumo o filme podia ter sido muito melhor construído, como uma real aventura solo do herói que ganhou seu primeiro filme live action, e não com essa faixa de um filme extensão.

A produção deixa em aberto o baixíssimo hype para os filmes do gênero de super herói, e não tem como falar de DC sem citar sua rival, a Marvel, que apesar das atuais produções, ainda consegue convencer muito mais. 

Talvez a falha da DC com “The Flash" , foi o tempo de espera para a estréia, que foram quase 7 anos desde a “Liga da Justiça”(2017), onde o herói fez sua primeira aparição, em questão das conexões entre os filmes a rival ainda entrega muito mais, e de maneira coesa.



O plot no final traz nostalgia, mas não anima, até porque sabemos que os filmes atuais, não terão conexão alguma com o novo DCU de James Gunn, talvez alguma menção em “Aquaman 2” que encerra os 10 anos dessa saga em dezembro deste ano, e também o antigo DCU. 

Agora é esperar a futura produção “Besouro Azul", que chega em agosto, e vem com fortes promessas. Até então fica mais fácil guardar apostas para o futuro DCU de Gunn, que já vem gerando burburinhos em Hollywood, e promete ser um rewind para o gênero cansado dos filmes de super-herói.



“The Flash” já está em todos os cinemas brasileiros, assista, ou espere chegar no HBO Max, é realmente uma opção bem mais válida. 


Nota: (⅖) ⭐⭐


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