CRÍTICA: AQUAMAN 2 - O REINO PERDIDO

"Aquaman 2: O Reino Perdido" encerra o DCEU, universo que começou com "O Homem de Aço" em 2013, e marca o início do novo DCU com direção criativa de James Gunn. 

"Um antigo poder é libertado e o herói Aquaman precisa fazer um perigoso acordo com um aliado improvável para proteger Atlântida e o mundo de uma devastação irreversível."

O filme dá continuidade aos eventos pós Aquaman 1, após cinco anos de espera pela sequência. O enredo é uma continuação autêntica e emocionante do primeiro filme, porém, deixa a sensação de ser mais um segundo filme em uma trilogia do que um filme final de despedida. Isso acaba gerando um furo no roteiro, já que o título "Reino Perdido" quase não ganha significado na trama, sendo mencionado apenas do meio para o final do filme.

Os atores estão excelentes em seus papéis, com Jason Momoa entregando a energia do personagem, agora pai, e estabelecendo uma dinâmica interessante com Patrick Wilson, que interpreta seu irmão. Amber Heard também se destaca como Mera, mesmo tendo aparecido pouco nos trailers. 

O vilão 'Manta Negra', interpretado por Yahya Abdul-Mateen, é um ponto forte do filme, e seria ainda melhor se essa história fosse desenvolvida em uma trilogia, permitindo seu retorno em um terceiro e último capítulo. Além disso, temos a presença marcante de Nicole Kidman, que sempre entrega uma ótima performance.

A direção de James Wan é sempre impecável, com cenas eletrizantes de ação e lutas que fazem jus ao termo blockbuster. No entanto, mesmo com toda essa qualidade, é difícil não pensar nas falhas de conexão com os outros filmes do universo, o que tira um pouco do contexto de "filme de despedida". Cheguei a questionar se não teria sido melhor um segundo filme da Liga da Justiça para encerrar as histórias de todos os heróis de forma mais coesa.

No geral, "Aquaman 2: O Reino Perdido" é um filme muito bom, mas acaba deixando uma sensação de confusão por não ser nem de longe um filme de despedida, nem para o Aquaman, nem para o DCEU. O universo cinematográfico da DC sempre demorou muito tempo entre os lançamentos de seus filmes e não soube aproveitar as conexões da Liga da Justiça ao longo dos últimos 10 anos, apesar de ter entregado ótimos filmes solos dos heróis. 

Fica o questionamento se o filme teria ficado melhor e mais coeso se James Gunn, responsável pelo ótimo "Guardiões da Galáxia Vol.3", tivesse dirigido a produção.

Assista já "Aquaman 2: O Reino Perdido" nos cinemas, é um bom programa para o fim de ano! 

Nota: ⭐⭐⭐ (3/5)