CRÍTICA: MADAME TEIA

Prepare-se para mais uma incursão da Sony tentando emplacar um sucesso no universo do Homem-Aranha sem, bem, o Homem-Aranha. "Madame Teia" é a última tentativa que nos deixa com um gosto amargo, quase tão desastroso quanto "Morbius" de 2022.



"Cassandra Webb, uma paramédica em Manhattan, tem habilidades de clarividência. Forçada a confrontar revelações sobre seu passado, ela forja uma relação com três jovens destinadas a futuros poderosos."


Diferente de "Morbius", este filme pelo menos apresenta um roteiro sem grandes furos, mas não se anime muito, porque é uma jornada lenta como uma tartaruga. Além de desviar da fidelidade da personagem dos quadrinhos, o filme também falha em nos dar um vilão 'imemorável', que parece ser uma mistura descartável de Venom e Homem-Aranha. A falta de cenas de ação ou aventura empolgantes só adiciona mais desânimo.



Basicamente, é um filme de super-herói sem o herói, já que não explora a verdadeira origem da personagem título, e diferente do que seu marketing deu a entender, não apresenta as "Mulheres Aranhas". Os poucos pontos positivos estão nas referências aos anos 2000, como um outdoor de "Dangerously in Love" de Beyoncé ou a música "Toxic" de Britney Spears, já que o filme se passa em 2003. Mas até esses momentos são mais nostálgicos do que emocionantes, principalmente para os millennials, e ainda deixam no ar uma oportunidade perdida de homenagear a era de Tobbey Maguire como Homem-Aranha entre o primeiro e o segundo filme. 



O clímax do filme tenta compensar com explosões e correria, mas parece uma tentativa desesperada de salvar algo sem graça. O quarteto principal, composto por Dakota Johnson, Sydney Sweeney, Isabela Merced e Celeste O'Connor, só brilha na última cena, deixando a sensação de que o final poderia ter sido o começo de algo realmente bom, especialmente para os conhecedores da história da personagem Cassandra Web.


No final das contas, "Madame Teia" é um filme que falha em iniciar algo que provavelmente não terá continuidade, seguindo a tendência da Sony de não conseguir emplacar filmes do universo do Homem-Aranha sem Peter Parker. Com exceção talvez de "Venom", que, apesar das críticas, conseguiu cativar o público e garantir uma trilogia.



Fica a dúvida: vale a pena investir no cinema ou é melhor esperar até que "Madame Teia" chegue aos serviços de streaming? A decisão é sua, mas não espere nada além de uma teia emaranhada de decepção.


NOTA: ⭐ (⅕)

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