CRÍTICA: O CLUBE DOS VÂNDALOS
“No espaço de apenas uma década, um motoclube do Meio-Oeste dos Estados Unidos deixa de ser um ponto de encontro para desajustados locais e se transforma em um lugar sinistro, ameaçando o modo de vida do grupo original.”
O novo filme 'O Clube dos Vândalos', dirigido por Jeff Nichols, é um convite irresistível para uma viagem nostálgica à virada dos anos 60 e 70, imergindo o espectador na vida intensa e rebelde de um autêntico clube de motoqueiros. Com jaquetas de couro icônicas e Harleys poderosas, o filme retrata com precisão a cultura dos motoqueiros que cruzavam o país em bando, de ponta a ponta, em busca de liberdade e aventura.
O enredo, habilmente construído por Nichols, entrelaça temas de amor, amizade e família, sempre permeados por uma violência latente e uma dose de adrenalina. No entanto, a narrativa, apesar de bem elaborada, se desenvolve em um ritmo mais lento, o que pode frustrar aqueles que esperam uma ação mais frenética.
As atuações de Tom Hardy e Austin Butler são o ponto alto do filme. A química entre os dois é surpreendente e eficaz, mantendo o espectador engajado e emocionalmente investido na história. A adição de Jodie Comer e Mike Faist ao elenco adiciona ainda mais profundidade e dinamismo à narrativa.
A fotografia é outro destaque da produção, com cenas belamente compostas, o filme captura a essência da época e a estética dos clubes de motoqueiros. No entanto, um ponto onde o filme deixa a desejar é na trilha sonora. Embora a música seja competente, a ausência de clássicos que definiram a década de 70, como The Rolling Stones ou AC/DC, é sentida. Esses sucessos teriam dado uma camada extra de autenticidade e emoção à experiência.
Em geral, 'O Clube dos Vândalos' é um filme sólido, mas com apelo limitado ao público geral. Seu ritmo deliberado e foco específico na cultura dos motoqueiros fazem dele uma obra direcionada a um nicho particular, com potencial para se tornar um clássico cult da era moderna.
Assista hoje ‘O Clube dos Vândalos', em exibição nos cinemas.
Nota: ⭐⭐⭐ ⅗
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